quinta-feira, 5 de junho de 2014

O que há de novo, Sistema Solar?



Nos últimos anos, a grande sensação da astronomia tem sido os exoplanetas, mundos fora do nosso sistema solar onde o homem busca avidamente por possibilidades de vida na vastidão do cosmos. Mas, nas cercanias da Terra, muitas descobertas importantes também têm acontecido – e elas foram tema de um debate realizado no Planetário do Rio de Janeiro no último sábado (31/05). Pesquisadores abordaram as missões exploratórias que perambulam por nossas redondezas, trazendo muita informação sobre os vizinhos mais próximos, e falaram sobre as tecnologias que permitem um estudo mais profundo do espaço e um maior entendimento sobre o passado do nosso pedacinho do universo.
O astro mais popular de nossa região no momento é Marte, que já recebeu diversas sondas robóticas (como a Opportunity e a Curiosity) e satélites artificiais. “A grande questão sobre Marte é a presença de água: será que já houve rios e mares por lá? O que aconteceu com eles? E ainda existe água líquida no subsolo do planeta?”, indagou o astrônomo Felipe Braga Ribas, do Observatório Nacional, no II Encontro de Ciências do Universo, realizado pelo Núcleo de Pesquisa de Ciência (Nupesc). “Já sabemos da existência de sedimentos associados à presença de água, de gelo e de outros sinais positivos sobre essa questão, por exemplo.”
Outro que começa a revelar seus segredos é Saturno, estudado pela missão Cassini-Huygens desde 2004. “Penetramos na atmosfera opaca de sua maior lua, Titan, o que revelou a existência de lagos e rios na superfície feitos de metano líquido, dada sua baixa temperatura”, destacou Ribas. “Recentemente também descobrimos que outra de suas luas, Encelador, tem um oceano interno aquecido e gêiseres na superfície.”
A Cassini também tem ajudado a entender a dinâmica de formação das muitas luas do planeta: uma imagem produzida este ano mostra o surgimento de um possível novo satélite, a partir dos destroços que compõem os anéis planetários.

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