quinta-feira, 19 de abril de 2012
Nasa fotografica a Grande Nuvem de Magalhães
A imagem divulgada pela Nasa (agência espacial americana) mostra região de formação de estrelas conhecida como ""30 Dourados"" ou nebulosa da Tarântula, localizada na Grande Nuvem de Magalhães.
Os astrônomos mapearam os movimentos de mais de 400 estrelas situadas até 13.000 anos-luz do Sol. A partir destes novos dados, eles calcularam a massa da matéria na vizinhança solar, em um volume quatro vezes maior do que aquele considerado antes.
"A quantidade de massa que nós inferimos corresponde àquilo que observamos - as estrelas, a poeira e o gás - na região do entorno do Sol", afirmou o responsável da equipe, Christian Moni Bidin, da Universidade de Concepción, no Chile.
"Mas ela não deixa qualquer espaço para a matéria suplementar - a matéria escura - que pensamos encontrar", afirmou.
"Nossos cálculos mostram que ela claramente resultaria de nossas medições, mas ela não está lá!", acrescentou.
Atualmente, é amplamente aceito que este componente sombrio constitui cerca de 80% da massa do Universo, embora sua natureza continue muito misteriosa.
Este "ingrediente suplementar" do Cosmo estaria na origem suposta para explicar porque partes externas das galáxias, inclusive a nossa Via Láctea, teriam uma rapidez de rotação tão relevante.
"Apesar dos novos resultados, a Via Láctea deve certamente girar muito mais rápido do que podemos explicar apenas com a matéria visível", afirmou Christian Moni Bidin. "Ainda, se a matéria escura não está presente ou não aparece, uma nova explicação para o problema da massa faltante deve ser encontrada", acrescentou.
"Nossos resultados contradizem os modelos vigentes. O mistério da matéria escura aumentou ainda mais", concluiu.
Os novos resultados, publicados no periódico The Astrophysical Journal, significam também que as tentativas de detectar de forma direta as partículas de matéria escura na Terra, "correm o risco, muito provavelmente, de não ter nenhum resultado", segundo o ESO.
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